SciELO Preprints


SciELO Preprints: Um Salto Estratégico para a Ciência Aberta no Brasil

https://preprints.scielo.org

Em um mundo onde a informação circula a uma velocidade sem precedentes, esperar meses — ou até anos — para que um estudo seja publicado pode significar perder oportunidades valiosas de inovação e impacto social. É aqui que entra o SciELO Preprints, uma revolução silenciosa, mas transformadora, no modo como produzimos e compartilhamos ciência no Brasil.

Desde 2020, a plataforma tem permitido que pesquisadores publiquem seus trabalhos de forma imediata e gratuita, antes mesmo da revisão por pares. Isso significa que ideias, dados e descobertas chegam rapidamente às mãos de quem mais precisa: cientistas, profissionais da saúde, formuladores de políticas públicas e a própria sociedade. O resultado? Mais agilidade para enfrentar crises, como a pandemia de COVID-19, e mais oportunidades para colaboração científica.

O SciELO não começou do zero. Desde 1998, a iniciativa já vinha derrubando barreiras no acesso ao conhecimento na América Latina. Mas o modelo de preprints elevou essa missão a outro patamar. Agora, além de democratizar o acesso, garante transparência ao disponibilizar versões preliminares para escrutínio público. Pesquisadores podem receber críticas construtivas, corrigir falhas e aprimorar seus estudos antes da publicação final — algo que fortalece a credibilidade da ciência.

É claro que nem tudo são flores. Parte da comunidade ainda resiste, preocupada com a ausência da revisão formal e com a possibilidade de interpretações equivocadas por não especialistas. Há também dilemas éticos, como o risco de divulgar resultados sensíveis antes de sua validação. Mas esses desafios são superáveis, e o próprio SciELO já adota filtros e políticas para reduzir riscos.

O fato é que o SciELO Preprints está ampliando a visibilidade internacional da ciência brasileira, formando novos pesquisadores e promovendo inclusão ao abrir espaço para vozes de diferentes regiões e instituições. Cabe agora a universidades, agências de fomento e editores abraçarem de vez essa mudança e reconhecerem os preprints como parte legítima e estratégica do ciclo científico.

Se quisermos uma ciência mais rápida, aberta e capaz de responder aos desafios de um país como o Brasil, não podemos ignorar o papel do SciELO Preprints. Mais do que uma plataforma, ele é um convite para repensar o futuro da comunicação científica — e esse futuro começa agora.